Por Matheus Ortega
Hoje vou
escrever para um público especial: os que nunca namoraram.
Os que já
namoraram podem contribuir nos comentários também com suas experiências de
vida. Hoje vou escrever sobre alguns mitos sobre o namoro, e que quando comecei
a namorar vi que era bem diferente do que eu imaginava.
Minha
primeira namorada é a Bruna. Comecei com 23 anos. Para alguns, demorei demais.
Para outros, é impossível e estou mentindo. Começar a namorar com 23 não quer
dizer que não conheci outras meninas. Também não quer dizer que não pensava
sobre como seria namorar. Eu me lembro de idéias que tinha, mas hoje vejo tudo
com outros olhos.
O
primeiro mito é clássico:
1. O Mito
do Príncipe Encantado
Por mais
que falemos que não, a grande maioria quer alguém exatamente
como os estereótipos dos filmes. Meninas sonham com um homem alto, forte,
romântico, interessante, elegante e carinhoso. Muleques sonham com a menina mais
bonita, mais requisitada e interessante. Parece que todos querem a mesma. E
todas as meninas querem o mesmo.
O mito
disso é que idealismo mata a realidade. Não tem problema querer namorar
alguém bonito e interessante, mas ficar sonhando com aquele menino que todas
gostam não leva a lugar nenhum. No fim das contas a menina fica frustrada
porque ele nem dá atenção para ela.
Muita
gente cai em dois opostos: [1] esperar demais pela pessoa certa (um príncipe
encantado perfeito) ou [2] não esperar por ninguém (não tem príncipe encantado,
então bora namorar). Esperar é importante, mas sem ser extremamente exigente.
Não devemos fazer acepção de pessoas. As vezes alguém “não é seu tipo” quando
você conhece a pessoa, mas depois tudo pode mudar. Seja acessível e aberta, da
mesma forma que você espera que a pessoa que você gosta também seja acessível e
aberto.
Meu
conselho é que você viva a vida, seja feliz, e no momento certo virá um
parceiro(a) que tecomplementa. Isso é o mais importante – ter alguém que
é adequada(o) para você.
“Não é
bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda“.
Gênesis 2:18
2. O Mito
do Beijo
Quantos
de vocês que nunca namoraram não ficam imaginando mil coisas sobre o beijo?
Muitos desistem de se guardar por curiosidade. Outros por pressão dos amigos. E
você que nunca beijou, está se guardando, há tantas perguntas que surgem…Quando eu
era adolescente, meus colegas tiravam da minha cara porque nunca tinha beijado.
Eles me falavam bem assim, “você nunca vai saber se não tentar…”, “é bom
demais, você não sabe o que está perdendo”, e ainda pior: “como você vai saber
se gosta de alguém se não fica com várias? Só assim você descobre seu gosto.”
Deixa eu
te falar uma coisa: o beijo é uma manifestação de amor e carinho. É muito
especial se guardar para alguém e beijar essa pessoa amada. Não tem nada de
errado em não beijar ninguém por estar se guardando. E outra coisa importante:
não existe a lógica de “quem beija muito, beija melhor”. Quando você encontrar
sua parceira(o) e amar muito a ela, o amor vai ser a razão do beijo, e isso vai
fazer tudo mais bonito.
Resumindo,
vale muito mais a pena beijar quando você ama de verdade do que o próprio ato
do beijo. Vale a pena esperar a pessoa certa, adequada para você, que ama a
Deus e vai caminhar junto contigo.
3. O Mito
da Curtição
Curtir a
vida com a namorada é muito bom! É demais mesmo estar no parque, ver um filme,
ir pra praia, e fazer um monte de coisas interessantes. Mas a vida não é
só sobre curtir. Se você quer namorar, você irá ter responsabilidades. Um
dia você poderá ser pai ou mãe e vai cuidar de filhos. A vida não é só sobre
você e sua namorada. E muitas vezes quando somos jovens não temos idéia do que
é ser responsável, do que é lavar a própria roupa, fazer a própria comida
e ter que pagar as contas. Isso muda tudo, sabe?
Seja
feliz, aproveite demais. Mas lembre-se quanto mais a vida passa, mais
responsabilidades você terá, e menos tempo pra você fazer o que você quer. Por
isso, amadurecer é muito importante pra namorar, porque é um importante passo
para casar. Olha que
interessante esse provérbio:
“Termine
primeiro o seu trabalho a céu aberto; deixe pronta a sua lavoura. Depois constitua
família.” (Provérbios
24:27)
Estes
três mitos são tão comuns. O primeiro leva muitos a serem perfeccionistas,
exigentes, quererem a pessoa perfeita, serem chatos e fechados, reclamarem que
“não existe ninguém decente para namorar”, e acharem que estão se valorizando.
Quando na verdade, tudo que esperam, não são. Querem alguém que brilha, mas não
brilham.
O segundo
– o mito do beijo – leva muitos a saírem pra ficar com outros pra “descobrir
como que é”. Esse mito acaba se tornando uma desculpa para adolescentes de
13,14 anos namorarem, quando eles não tem nenhum propósito de vida e nem
maturidade pra um relacionamento. Em muitos casos, meninos engravidam meninas
sem saber a consequência de seus atos. Já outros criam um “tabu” sobre o beijo
e ficam travados toda vez que conversam com alguém do sexo oposto. Como é
triste ver tanta gente cristã, de Deus, que nunca namorou completamente travado
quando já tem idade pra assumir um relacionamento. Que Deus ajude você que
passa por essa luta, porque eu também já passei. E o terceiro mito – da curtição – É muito
importante. A vida é complicada, e sempre temos que lembrar que amar a alguém é
uma responsabilidade eterna. Por isso que machuca tanto se separar de alguém,
terminar namoro, brigar com algum familiar. A responsabilidade que assumimos
quando namoramos e principalmente quando casamos é muito grande. Se esquecemos
de tudo isso e saímos “curtindo”, podemos machucar muita gente no caminho.
Meu
conselho final é que você viva mais do que pense. Eu sempre
imaginei muito como seria, mas vale mais a pena viver o melhor de cada
dia, aprender com conselhos e experiências, e orar bastante porque Deus
responde.
Um dia, a
Maria – empregada da casa de um amigo meu – disse assim pra mim enquanto eu
olhava pela janela da casa por vários minutos.
“Pare de
pensar. Se você ficar pensando muito você não vive.”
Vale a
pena pensar nessa frase, mas mais ainda, vale a pena vivê-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário